O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) rejeitou, nesta quinta-feira (4), a tese de prescrição apresentada pela defesa de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, no caso que investiga sua suposta participação em esquema de manipulação de resultados para beneficiar apostas esportivas. Com a decisão, o tribunal dará continuidade ao julgamento do mérito da denúncia.
🧾 Entenda o caso
A acusação central é de que Bruno Henrique teria forçado a obtenção de um cartão amarelo na partida contra o Santos, realizada em 31 de outubro de 2023, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Segundo a Procuradoria do STJD, o jogador enviou mensagens ao irmão, Wander Nunes Pinto Junior, indicando sua intenção de cumprir uma promessa de receber o cartão, prática conhecida como “compliance esportivo” cbn.
⚖️ Rejeição da prescrição
A defesa argumentava que a denúncia deveria ser arquivada por ter ultrapassado o prazo regimental de 60 dias. No entanto, o relator do caso, auditor Alcino Guedes, destacou que o prazo para prescrição só começa a contar após o compartilhamento do relatório da Polícia Federal com as provas do sigilo telefônico, e não da suspeita inicial. Com isso, a tese de prescrição foi rejeitada por maioria de votos Metrópoles.
📌 Possíveis punições
Caso condenado, Bruno Henrique pode ser punido com até dois anos de suspensão, além de 24 partidas fora dos gramados e multa de até R$ 200 mil. A Primeira Comissão Disciplinar do STJD já aplicou uma pena preliminar de 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil, que ainda pode ser revista pelo Pleno do tribunal UOL.
🔄 Próximos passos
O julgamento do mérito está agendado para as próximas semanas. A defesa de Bruno Henrique já anunciou que recorrerá da decisão ao Pleno do STJD, buscando reverter a punição aplicada.